02 outubro 2006
Rumo ao Segundo Turno
E não é que as eleições mais mornas da história esquentaram no final? Não sei o que ocorre com as outras pessoas, mas aqui em casa ficamos até muito tarde acompanhando tudo o que acontecia, pois, as eleições são o Natal dos cientistas políticos ^-^
Acho que o saldo foi positivo. O PT pode perceber o tamanho do desencanto com o partido em seu berço político, ira essa que se estendeu até o antes intocável Eduardo Suplicy, que sofreu até o final com uma votação muito mais difícil do que as pesquisas mostravam.
Como um partido que nasceu dentro do sistema, o PP precisa estar no poder para conseguir força (o que se reflete em cargos e aumento no número de filiações políticas). Com o grande número de partidos que vão ter sua existência comprometida pela nova legislação, acredito que novas fusões devem estar nos planos do partido de Paulo Maluf que agora possui os meios para distribuir incentivos aos seus aliados.
Acredito que o deputado federal Delfim Neto deve ter se arrependido de ter deixado o PP no ano passado, já que pelo PMDB ele não deve conseguir um mandato em 2007.
A bancada paulista deve contar ainda com Eneas Carneiro (PRONA), Clodovil (PTC) e Frank Aguiar (PTB), eleitos por três partidos que devem ter problemas com a cláusula de barreira e, para ter algum poder dentro da Câmara, terão que se fundir com outros partidos ou assistirem à migração de seus deputados para partidos maiores.
- A vitória de Serra no primeiro turno no maior colégio eleitoral do Brasil;
- A votação fraca do PMDB em São Paulo;
- A vitória esmagadora de Aécio Neves em MG;
- A queda do PT no Mato Grosso do Sul;
- A conquista do segundo lugar no Rio de Janeiro de Denise Frossard (o Rio merecia candidatos melhores do que os últimos que disputaram as eleições por lá);
- O sucesso de Fernando Gabeira, que conquistou 3,7% dos votos válidos no RJ;
- A virada de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul, que vai disputar o segundo turno com Olívio Dutra;
- E a vitória de Jaques Wagner, quebrando uma seqüência de anos de hegemonia do carlismo na Bahia.